A boca que se mexe sem parar.
A vida que me arrebata pra valer.
A fome que se instaura sem querer.
A vontade de querer admirar.
A saúde que tem pra dar e vender.
O medo que dá só de pensar.
A sede que vem pra completar.
O chopp que desce pra satisfazer.
Os olhos que olham pra saber se é certo ou não olhar.
A certeza que vem pra duvidar.
A mágoa que sempre nos faz lembrar da vontade de esquecer.
O esquecimento que chega pra renovar.
A possibilidade que ataca pra aquecer .
Dois chopps que acabam sem notar.
Duas vidas que se juntam pra não morrer.
eu amei esse. li umas várias vezes e foi ficando cada vez melhor. por sempre começar com um sujeito e terminar com um verbo, parece que a última palavra de cada verso continua o anterior e inicia o seguinte. passa perfeitamente a idéia de um emaranhado de pensamentos diferentes interligados na cabeça de alguém. genial!
ResponderExcluirvc podia experimentar tirar todos os pontos finais (menos o do último verso - ou não) e trocar as letras maiúsculas do início de cada verso pra minúscula (menos a do primeiro verso - ou não). eu acho que ia ficar mais clara a idéia de continuidade de cada frase.
enfim é só uma sugestão, tenho medo de parecer que eu to cagando uma regra!
não sei se eu fui clara o suficiente... qualquer coisa depois eu tento te explicar!
beijos, eu adorei mesmo!!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiradorei, igual à Luiza, sensacional e certeira análise...onde entendo - e concordo - que tirar a pontuação e as maiúsculas daria um "estilo" dentro do que o texto remete mas, por outro lado, o ponto final tem seu valor de marca. Traz uma pausa mínima e áspera, senti assim, como aquele breve respirar, aquele fio de ar preso, que fica na frase e completa o sentido, todo o sentido. Como alguém já disse antes, este texto li em voz alta e, mesmo em pensamento, tb pude imaginar alguém lendo uma tristeza, uma tristeza muito disfarçada em poesia. Beijos pra vc Gê...e na gênia ai de cima!!!!
ResponderExcluir